Enviado por Hugo Acácio
Aconteceu na manhã desta quinta-feira (21), no auditório da Escola de
Magistratura do Ceará (Esmec), em Fortaleza, o seminário Sinase e a
Justiça Juvenil Restaurativa: Possibilidades e Desafios na Atuação do
Sistema de Garantia de Direitos .
O seminário reuniu cerca de 50
pessoas, entre representantes de organizações da sociedade civil,
conselheiros tutelares, promotores de justiça, defensores públicos,
juízes, representantes do sistema socioeducativo e demais profissionais
que trabalham com a temática.
A mesa de abertura do seminário foi composta pelo desembargador Suenon,
pela promotora de justiça Antônia Lima Sousa, coordenadora do Centro de
Apoio Operacional da Infância e Juventude (Caopij); o defensor público
Alfredo Romcy, representante da Defensoria Pública do Estado e Anselmo
Lima, diretor da Fundação Terre des hommes Brasil. O evento foi
prestigiado pelo juiz coordenador da Esmec, Emílio de Medeiros Viana.
O primeiro painel, intitulado “As práticas restaurativas no atendimento
ao adolescente envolvido em ato infracional e sua articulação com o
sistema de garantia de direitos”, foi apresentado pelo juiz da Vara de
Caxias do Sul/ TJRS, Leoberto Brancher. O magistrado abordou,
inicialmente, a atuação do Sistema Nacional de Atendimento
Socioeducativo (Sinase), instituído pela Lei nº 12.594.
Brancher foi bastante aplaudido quando criticou a violência praticada
pelo próprio Estado na forma como trata crianças e adolescentes em
conflito com a lei. “Não podemos fazer Justiça Restaurativa se antes não
fizermos um Justiça ampla. E esta deve ser baseada em critérios de
segurança, em critérios técnicos na hora de sua aplicação e na contenção
dos excessos do Estado”, afirmou.
O debate prosseguiu com o segundo painel do dia, a cargo da juíza de
Direito da 3ª Vara da Infância e Juventude de Porto Alegre e
Coordenadora da Central de Práticas Restaurativas, Vera Deboni, que
falou sobre “O fluxo e os seus resultados no atendimento aos
adolescentes envolvidos em ato infracional: a experiência de Porto
Alegre”.
O seminário faz parte de uma série de atividades realizadas pela Terre
des hommes Brasil, o Ministério Público e a Defensoria Pública, do
Estado do Ceará, com o apoio do Tribunal de Justiça local, através da
Coordenadora da Infância e Juventude e Escola de Magistratura (Esmec).
O evento teve como objetivo a sensibilização de atores estratégicos da
sociedade na temática Justiça Juvenil Restaurativa, fomentação de
propostas e grupos de trabalho para a difusão das práticas no Estado.
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Hugo Acácio
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