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sexta-feira, 30 de março de 2012

Sistema Socioeducativo do Paraná em discussão

Técnicos paranaenses conhecem experiência americana em socioeducação

A realidade do sistema americano de socioeducação foi apresentada nesta quarta-feira (14/03) para representantes de diversas secretarias de estado. O encontro, promovido pela Vice-Governadoria, contou com a presença do professor americano Forrest Novy, da Universidade do Texas, que desenvolve trabalhos na área de reinserção social de adolescentes em conflito com a lei.

A importância do debate com a participação das secretarias que têm envolvimento com a área foi destacado pelo Vice-Governador Flávio Arns. “A lei do Sinase (Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo) prevê ações articuladas nas áreas de educação, saúde, assistência social, cultura, capacitação para o trabalho e esporte, para os adolescentes atendidos”, disse.

Convidado pelo Vice-Governador Flávio Arns para relatar a experiência e os desafios enfrentados na área, Novy abordou as principais características do sistema de justiça juvenil americano. “Assim como no Brasil, enfrentamos uma realidade de evasão escolar, envolvimento dos jovens com drogas, violência e situações de risco”, disse.

Para o professor, o enfrentamento da questão deve envolver alternativas de reinserção social e não de repressão. “Estudos mostram que o cérebro de um adolescente ainda está em desenvolvimento. Isto significa que se esse adolescente for trabalhado, existe uma grande chance de mudança de comportamento e, consequentemente, reinserção na comunidade”, explicou.

Segundo Novy, 200 mil jovens com menos de 18 anos passam pelos tribunais americanos e as principais causas de envolvimento em situação de conflito com a lei estão relacionadas à desvantagem econômica, insucesso acadêmico, histórico de abuso de álcool e drogas, entre outros fatores. “Nosso maior desafio é combater a reincidência entre os adolescentes que estão reinseridos na sociedade. Por isso, a prevenção é fator fundamental tanto para aqueles que entraram como para aqueles que saíram do sistema judicial”, disse.

EDUCAÇÃO – No modelo americano de socioeducação, a escola tem papel fundamental. “As nossas experiências de reconexão desses jovens com a sociedade passam pelas escolas. O caminho é entender o mundo desses jovens e oferecer oportunidades de educação, tratamento, trabalho e aprendizagem social”, disse.

No Paraná, a escolarização dos estudantes que estão em conflito com a lei é garantida pelo Programa de Educação nas Unidades de Socioeducação (Proeduse), realizado em parceria entre a Secretaria de Estado da Educação e a Secretaria da Família e Desenvolvimento Social. Durante o período em que estão cumprindo a medida socioeducativa, cerca de 936 adolescentes recebem escolarização básica em 18 Centros de Socioeducação (Cense), que são unidades de internação provisória, e em 6 casas de semiliberdade.

O encontro contou com a presença de representantes do Ministério Público do Paraná, da Vara de Adolescentes em Conflito com a Lei, de entidades que desenvolvem trabalhos na área e da Defensora Pública-Geral do Estado, Dra. Josiane Fruet Lupion. 

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Fotografia: José Fernando Ogura

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